Por muito tempo as empresas da construção civil conseguiram operar apesar de fragilidades como baixo desempenho, altas taxas de desperdício e custos elevados de produção. Mas a necessidade de construir com mais eficiência, a escassez de mão de obra e a pressão por otimização de custos tem induzido mudanças, colocando a produtividade e a industrialização em foco.
Dados do Fórum Econômico Mundial divulgados em 2016 indicam que a população global cresce a um ritmo de 200 mil pessoas/dia nas áreas urbanas. Isso se reflete no aumento da demanda por infraestrutura de habitação, transporte e serviços públicos.
No Brasil, a situação é ainda mais preocupante. Conforme estudo da FGV e da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), o déficit habitacional chegará a 30,7 milhões de unidades em 2030.
Parece inviável a construção de um grande volume de edificações com qualidade, custo competitivo e segurança com métodos construtivos arcaicos.
O que é a construção industrializada?
Em comparação aos métodos tradicionais, os sistemas construtivos industrializados, são muito mais eficientes no atendimento ao tripé velocidade-qualidade-custo.
A construção industrializada se dedica a transformar o canteiro de obras em uma linha de montagem, semelhante ao que ocorre em outros setores, como o automobilístico. Para isso, baseia-se na utilização de sistemas pré-fabricados, que chegam ao canteiro prontos para serem montados.
Recentemente, construtores e arquitetos representados pelo Sinduscon-SP e pela Associação Regional dos Escritórios de Arquitetura de São Paulo (AsBEA-SP) lançaram um manifesto defendendo a maior industrialização na construção de edifícios residenciais. Segundo as duas entidades, “se aplicado desde a fase de incorporação, a construção industrializada abrevia prazos, otimiza o retorno do investimento, clareia custos de construção, gera menos aditivos e reduz desperdícios de mão de obra e de materiais”. Com uso intensivo de mão de obra, os sistemas convencionais desperdiçam cerca de 25% dos materiais de construção, algo inaceitável em um contexto de pressão por redução de custos e por responsabilidade ambiental.
“Além disso, a construção industrializada oferece aos incorporadores mais opções de terrenos, por viabilizar canteiros com pouco espaço, possibilita maior área útil das unidades habitacionais, além de layouts mais flexíveis e facilidade em manutenção e reformas”, defendem Sinduscon-SP e AsBEA-SP.
Transformando a construção em linha de montagem
Uma condição para que a construção civil seja mais industrializada é transformar os projetistas em pré-construtores e desenvolvedores de projetos focados em simplificações. Já as construtoras precisam assumir o papel de montadoras, realizando toda a gestão de sistemas e de engenharia. Em um cenário de industrialização, os fornecedores de materiais e tecnologias devem assumir papel de parceiros estratégicos, se envolvendo com o desenvolvimento do projeto desde as etapas iniciais.
Na construção civil brasileira, uma das áreas que mais avança rumo à maior industrialização é a de sistemas prediais. Soluções como kits de elétrica e de hidráulica, assim como paredes que chegam à obra com todas as instalações já embutidas, têm permitido aos construtores ganhos significativos. Entre eles, o aumento da velocidade de execução em torno de 50% e a redução da quantidade de trabalhadores no canteiro em até 70%. Isso sem falar na diminuição de processos, de desperdícios e no ganho de qualidade que se traduz em menos custos com assistência técnica e maior satisfação do cliente.
A Ambar colabora com o movimento de industrialização, ajudando construtoras e incorporadoras a entregar casas de forma mais eficiente e rápida por meio de soluções tecnológicas presentes durante toda a jornada construtiva, do projeto à finalização da obra. Clique aqui e saiba mais sobre nossas soluções.