Cada vez mais complexas, as instalações prediais representam uma das etapas mais críticas na construção de edifícios. Primeiro por ser uma atividade que, quando realizada do modo tradicional, com baixo grau de industrialização, requer a gestão de enorme quantidade de itens, além de ser altamente dependente da qualificação da mão de obra. Para complicar, esta disciplina concentra grande parte das reclamações no pós-obra, gerando ao construtor custos extras, retrabalhos e desgastes à sua imagem perante o cliente. Segundo levantamento do Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), 75% dos problemas no pós-obra são oriundos de falhas nos sistemas prediais hidráulicos de água e esgoto.
Nesse contexto, fica clara a importância de haver um projeto de instalações prediais consistente, racional e bem compatibilizado. Mas, talvez pelo fato de não ficarem aparentes, muitas vezes esses sistemas não são devidamente planejados, gerando margem para improvisações que colocam em risco o desempenho da edificação e a segurança dos usuários.
O projeto de instalações não pode ser negligenciado, sendo um fator-chave para alcançar obras bem-sucedidas e empreendimentos que atendam às expectativas dos usuários. A seguir, listamos seis fatos que comprovam essa tese. Confira:
1) Reduzir desperdícios — Um bom projeto de instalações prediais evita perdas de materiais e superdimensionamento. Ele ajuda a estimar com mais precisão a quantidade e o tipo de componente, auxiliando a elaboração de orçamentos mais assertivos. Em tempos de inflação setorial em alta, operar com eficiência, sem desperdícios, é ainda mais imperativo para a manutenção do equilíbrio financeiro e da competitividade.
2) Diminuir tempo de execução — As instalações prediais podem ser projetadas de modo a facilitar ou a atrapalhar as atividades no canteiro e a interface com os demais subsistemas. Ao especificar materiais mais leves, processos de solda mais simples ou sistemas pré-montados, o projeto impacta a produtividade e a quantidade de mão de obra alocada no canteiro. Vale lembrar que diminuir prazo de execução induz a redução de uma série de custos indiretos, com mobilização de canteiro, aluguel de equipamentos, etc.
3) Operação mais eficiente e sustentável — Instalações mal projetadas e com materiais de baixa qualidade são, muitas vezes, responsáveis por desperdício de água e de energia. Portanto, um projeto bem resolvido confere mais racionalidade ao uso desses recursos, implicando em redução de custos para os usuários e em ganhos ambientais. O projeto também é uma oportunidade para prever soluções como captação de água da chuva e de energia solar, bem como a setorização da medição de água e energia visando uma gestão mais eficiente dos sistemas. Em 2021, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os edifícios residenciais e comerciais representaram, respectivamente, 25% e 17,5% do consumo de energia do país.
4) Manutenção facilitada — Um bom projeto de instalações é aquele que, além de atender as exigências das normas técnicas e as necessidades da arquitetura, considera aspectos como operação, usabilidade e manutenção. São diversas as decisões de projeto que podem minimizar transtornos durante intervenções preventivas e corretivas. Elas podem envolver a previsão de uma coluna de distribuição para cada conjunto de apartamentos de mesmo final, a alocação de tubulações e seus componentes em shafts, e o uso de condutores hidráulicos flexíveis, por exemplo.
5) Desempenho e qualidade — Instalações mal projetadas e dimensionadas são causa de uma série de falhas de funcionamento na operação dos edifícios. Em instalações elétricas, problemas relativamente comuns são o superaquecimento de condutores, a especificação de disjuntor com capacidade de interrupção de corrente inferior à corrente presumida, e a má distribuição de pontos de energia. Em hidráulica, as falhas podem se refletir em baixa pressão de água nas tubulações, retorno de espuma em ralos de lavanderia, excesso de ruídos hidráulicos ou odores indesejados, entre outros problemas.
6) Incentivo à industrialização — A industrialização das instalações prediais é o caminho para as construtoras acessarem maior produtividade, precisão dimensional, redução de desperdícios e melhor qualidade das conexões. Ela também oferece uma resposta para as construtoras interessadas em depender menos de mão de obra, um componente cada vez mais impactante no custo de construção. Estima-se que soluções off-site possam reduzir 18% dos custos da obra em 30% menos tempo. Mas esses ganhos podem se diluir sem um bom projeto, que busque a tecnologia mais adequada tendo em vista as solicitações previstas.
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