O início do ano é um convite a prospectar o que acontecerá no novo ciclo. No caso da Construção Civil, a análise das conjunturas econômica e setorial nos permite obter algumas pistas do que virá nos próximos meses.
A manutenção dos custos de construção elevados, a necessidade de produzir mais com menos, a escassez de mão de obra e a consolidação do movimento ESG (Environmental, Social and Governance) são indutores de mudanças. Diante de um cenário econômico mais austero, especialmente por conta da recessão global e das taxas de juros elevadas, tudo indica que o foco das empresas se voltará para a busca por eficiência e para a redução de custos operacionais e de desperdícios. Confira, a seguir, três tendências que devem se destacar em 2023.
Industrialização ganha tração — Segundo dados do Construbusiness/Fiesp, a construção brasileira teve perda de produtividade média de 4,4% ao ano entre 2014 e 2019. No período entre 2019 e 2021, a perda foi superior a 6%. Alterar essa realidade é imprescindível para que o setor consiga responder a problemas complexos, como o déficit habitacional projetado para 2030 de 30,7 milhões de unidades.
Substituir as tecnologias construtivas artesanais por sistemas industrializados é uma condição para o setor da construção crescer de forma sustentável, mantendo qualidade e desempenho. Essa industrialização não precisa necessariamente ser disruptiva, como a construção modular off-site tridimensional. Ela pode acontecer via componentes como painéis de fachada, kits de instalações prediais, paredes de drywall e elementos pré-fabricados de concreto.
Inovação e digitalização em foco — A aproximação com o ecossistema de inovação e o investimento na transformação digital podem gerar vantagens competitivas importantes para as companhias da indústria da construção. Entre elas, a redução de custos e de desperdícios, melhorias na jornada de clientes e o desenvolvimento de produtos com maior valor agregado.
Em um contexto econômico mais desafiador, soluções que consigam melhorar a gestão dos projetos e das atividades realizadas nos canteiros tendem a se tornar cada vez mais relevantes. Isso porque elas conseguem melhorar a gestão da qualidade, elevar a produtividade e favorecer as interações entre os múltiplos agentes envolvidos em uma obra.
Olhos voltados para o controle de emissões de carbono — A diminuição das emissões de gases do efeito estufa está em ênfase em todo o mundo, diante da necessidade urgente de evitar os efeitos do aquecimento global. Em muitos setores da economia, e também na Construção Civil, o fluxo de investimentos está se direcionando para quem está engajado na temática ambiental.
Adicionalmente, há mudanças regulatórias em curso, a exemplo do Decreto Federal 11.075, que estabelece procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e institui o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa. Toda essa movimentação deve obrigar as empresas a darem mais atenção às suas emissões, gerando impactos positivos como a diminuição do custo de operação dos edifícios e a redução de impactos ambientais.
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