Em vários setores da economia, a combinação de tecnologias digitais, como inteligência artificial, big data, computação em nuvem e internet das coisas tem gerado transformações importantes, como a criação dos gêmeos digitais (digital twin, em inglês).
Estamos falando de uma cópia digital e exata de um objeto ou sistema que permite aos gestores de um ativo físico entender como ele está se comportando e como irá performar no futuro. Indústrias, como a automobilística, a aeronáutica e a de petróleo e gás, já se aproveitam do digital twin para monitoramento e controle de sistemas e espaços em tempo real, bem como para a produção de inventários digitais.
Cidades inteligentes (smart cities) também vêm fazendo uso dessa inovação. Em Singapura, o modelo digital da cidade-estado ajuda a administração pública a melhorar o planejamento urbano, bem como a manutenção e a preparação para desastres. Las Vegas, EUA, também aposta no gêmeo digital para aprimorar a gestão da cidade e reduzir emissões de carbono.
Segundo o último relatório da Market and Markets, a estimativa é de que o mercado de gêmeos digitais cresça de US$ 6,9 bilhões, em 2022, para US$ 73,5 bilhões, em 2027. Isso representaria uma taxa de crescimento anual de 60,6%.
Como isso se aplica à construção?
Atualmente os gêmeos digitais encontram diferentes aplicações na indústria da construção. A partir de modelos digitais, os fabricantes de materiais e componentes podem testar, modificar e validar um produto antes mesmo de ele existir. Além disso, com o gêmeo digital do processo de produção, os engenheiros conseguem identificar falhas, imprecisões e pontos de melhoria com mais facilidade e menos custo.
Outra utilização promissora é na restauração de prédios históricos, onde o gêmeo digital pode ser produzido a partir da captura da realidade por nuvem de pontos. Em Paris, França, essa tecnologia tem sido utilizada nos trabalhos de restauração da Catedral de Notre Dame após o incêndio devastador de 2019.
Em edificações novas ou existentes, uma das aplicações mais interessantes dos gêmeos digitais é como um as built (como construído) vivo para a gestão de manutenção. Ao agregar informações consistentes e atualizadas dos sistemas mecânico, elétrico, hidráulico e de climatização, os modelos facilitam a programação de intervenções preventivas, permitem executar mais rapidamente manutenções corretivas e reagir a problemas emergenciais de modo mais assertivo.
Como você pode perceber, o gêmeo digital vai além de um modelo 3D tradicional e estático. Ele é uma entidade dinâmica evoluindo em tempo real ao longo de todas as etapas do ciclo de vida do ativo. Trata-se, portanto, de uma fonte inesgotável, rica e eficiente de insights que permite às equipes aproveitar os dados do Building Information Modeling (BIM) para a gestão eficaz da edificação também na fase de operação e manutenção.
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